A emissão de partículas decorrentes da queima de lenha, produzidas pelas pizzarias, contribuem para poluição ambiental principalmente em centros urbanos e áreas industrializadas. Na cidade de São Paulo existem mais de 6000 pizzarias que produzem, em média, da ordem de um milhão de pizzas por dia. Essa produção culinária gera fuligem, devido à queima de lenha, estimada em mais de uma centena de toneladas por ano. Essa poluição atmosférica é composta por material particulado fino e, embora pareça inofensiva, contribui com danos ao meio ambiente e à saúde – principalmente no centro metropolitano de São Paulo já exposto aos poluentes emitidos por veículos. Essa poluição ambiental interfere no clima, em função do particulado emitido para atmosfera, contribuindo para o aquecimento global.
Para indivíduos que trabalham nas pizzarias, o particulado liberado no interior desses estabelecimentos pode levar a disfunções respiratórias. De acordo com a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB, órgão responsável pela avaliação da qualidade do ar em São Paulo, essa fonte de poluição não é considerada na avaliação de poluentes atmosféricos. Mas, um comparativo em porcentagem (considerando as emissões de particulados emitidos por veículos na cidade de São Paulo como 100%) indica que a contribuição da poluição causada pela queima de lenha em pizzarias é da ordem de 9%. Essa estimativa já pode ser considerada como um alerta para que esses estabelecimentos pensem em melhorias que minimizem a distribuição dessa fuligem nos ambientes interno e externo. Em alguns países, já existe a monitoração de estabelecimentos culinários que utilizam forno à lenha. Afinal, é muita crueldade algo tão apetitoso ser vilão ambiental.