O globo de Da Vinci de 1504

Mapa cartográfico do mundo no século XVI em casca de ovo de avestruz

Uma obra de arte atribuída a Leonardo da Vinci está em evidência em várias instituições do Brasil. Trata-se de um globo terrestre pintado em casca de ovo de avestruz, descoberto em uma feira cartográfica de Londres, em um evento organizado pela Royal Geographical Society em 2012.

Esta relíquia é considerada o globo mais antigo a representar a cartografia conhecida no início do século XVI, pois apresenta gravuras com a representação do Novo Mundo e do Tratado de Tordesilhas. Ao que tudo indica a representação do Novo Mundo (América do Sul) neste globo tem por base as viagens dos exploradores Cristóvão Colombo (1451-1506), Américo Vespúcio (1454-1512) e Pedro Álvares Cabral (1467-1520). Outro aspecto relevante a destacar é o registro dos países Brasil e Japão, sendo a primeira menção do nome Brasil em um globo terrestre.

Em comemoração ao Bicentenário da Independência do Brasil, pela primeira menção do nome Brasil em um globo terrestre, a Embaixada da Áustria em Brasília, juntamente com a Universidade de São Paulo, promoveram no dia 21 de outubro a palestra “O globo de Da Vinci de 1504”.

A palestra foi proferida pelo pesquisador belga Dr Stefaan Missinne, autor do livro “O Globo de Da Vinci”, na Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin da Universidade de São Paulo (USP-SP).

Neste evento foi apresentado uma réplica do Globo de Ovo de Leonardo da Vinci. Foram discutidos os aspectos iconográficos, artístico-históricos e químicos que compõem o globo pintado em casca de ovo de avestruz.

Réplica do Globo de Da Vinci de 1504. Fotografia Dalton Giovanni.
Representação plana do Globo de Da Vinci. Fotografia: Dalton Giovanni

Para dar ideia de sua dimensão, o ovo tem diâmetro de 11,2 centímetros e pesa da ordem 134 gramas. Foi elaborado utilizando duas metades inferiores da casca de dois ovos de avestruz, unidas com uma sutura. Apesar de seus séculos de existência este globo mantém-se, impressionantemente, intacto.

A equipe de editores do jovemcientista.com.br (JC) e a curadora e restauradora de quadros do Museu da Polícia Militar de São Paulo prestigiaram o evento. A partir da esquerda Dr Dalton Giovanni (JC), Marta Lucia Bognar, Dr Stefaan Missinne palestrante e pesquisador, Judith Schildberger ministra conselheira do consulado Austríaco de Brasília e Dra Cibele Bugno Zamboni (JC).

Fontes

Agência FAPESP

Matinal Jornalismo

ResearchGate

Foto de Capa – Adaptado de Wikipedia

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